Corpo de Bombeiros espera investimento de R$ 4,5 mi neste ano
- jornalinconfidencia
- 5 de ago. de 2015
- 2 min de leitura

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais deve receber nos próximos meses R$ 4,5 milhões em investimentos neste ano, além de aproximadamente R$ 28 milhões para custeio das atividades. Os aportes devem melhorar problemas crônicos de falta de infraestrutura, de acordo com o diretor de Assuntos Institucionais da corporação, Edgar Estêvão da Silva. Ele afirma que 50% desse recurso já teria sido repassado e o restante é aguardado para a compra de mais 38 viaturas e a regularização do fornecimento de equipamentos básicos.
Em reunião, nesta terça-feira (4), na Assembleia Legislativa, o diretor discutiu com os parlamentares a respeito das denúncias sobre falta de suporte e logística. De acordo com o representante, em janeiro deste ano, 70% das viaturas estavam paradas por falta de manutenção e, de lá para cá, essa proporção já teria reduzido para 40%. Segundo o deputado Sargento Rodrigues (PDT), autor do requerimento - que deu origem à reunião entre os representantes da corporação e os parlamentares - ele teria recebido várias denúncias que motivaram visitas a três batalhões na região metropolitana de Belo Horizonte.
O parlamentar relatou que, nessas visitas, foi possível constatar uma série de dificuldades, como falta de combustível para alguns equipamentos, de cloro para manutenção da piscina de treinamento e de equipamentos de proteção individual, como luvas e ataduras. “Sabemos da situação do Estado, mas o custeio dos serviços públicos não pode parar”, salientou.
Grande parte do custeio desse tipo de equipamento e suporte deve vir da chamada “taxa de incêndio”, instituída em 2003. O representante do Corpo de Bombeiros relatou a importância da taxa no melhor atendimento à população ao comparar alguns números de 2003 com 2015.De acordo com ele, por exemplo, a corporação tinha 355 viaturas em todo o Estado em 2003, número que teria chegado a 1.270 e hoje seria de 1.050. Naquele período, eram 36 municípios atendidos e hoje são 62. “Claro que ainda temos muito a caminhar, afinal são mais de 800 municípios, mas estamos inaugurando postos com frequência”, disse.
Edgard Silva afirmou ainda que, nos anos anteriores, houve grande deterioração das estruturas dos batalhões, que sofreram com baixas nas viaturas sem manutenção e com falta de recursos para compra de materiais básicos. Entretanto, isso estaria sendo revertido nos últimos meses a partir da liberação dos recursos.
Por outro lado, o deputado Sargento Rodrigues questionou o direcionamento do dinheiro e apresentou uma planilha de um dos batalhões visitados pela comissão. De acordo com o documento, todos os itens listados estariam com estoque em estado crítico ou zerado. “Se todo esse dinheiro já foi repassado, então como é que pode faltar itens tão importantes e, ao mesmo tempo, tão baratos, como cloro?”, questionou o parlamentar.
O representante do Corpo de Bombeiros reafirmou que as compras têm sido feitas, mas lembrou que há um tempo entre o repasse do dinheiro e a entrega do material nas unidades, já que o processo de compra – que envolve licitações e pregões – seguido da entrega e posterior distribuição seria longo. “Não conseguimos regularizar a situação de anos de deterioração de uma hora para outra, é preciso algum tempo”, disse.
Com informações cedidas pelo Jornal O Tempo
Comments